Na maior oferenda vinda do Mundo futebolístico desde o apaixonado presentinho que Carlos S. endereçou a Beto Acosta - talvez com a excepção da gonorreia que Paris doou a CR7/9 - , o jornal "A Bola" escarrou aquilo que podemos apenas designar como uma tela pintada por Deus com um dourado pincel emprestado por Jesus Cristo.
Claro, a comparação do "outro" Jesus a um (também eloquente) ciborgue alienígena salta à vista, mas há mais docinhos para degustar.
Atente-se no cantinho dedicado ao mais recente reforço escarlate: o brasileiro Felipe Menezes, que ninguém conhece e jamais alguém viu jogar, mas que pelos vistos será a reencarnação terrena de George Best, com uma pitada (ou snifada) de D10s, salpicado a pedacinhos de Kaká.
Com o não-autarca-gaiense, regressam também as típicas declarações de reforços da imponente ave de rapina:
- "blá blá blá maior clube do Mundo!"
Estas diferem sobretudo na forma como se interpreta o supracitado "blá blá blá". No caso do brasileiro, salta à vista um coloquial e expressivo "puxa". Na minha qualidade de rebento dos anos 80, agredeço à referida gazeta diária por recuperar uma expressão que não via impressa desde os livros de BD da Turminha da Mônica ou do simpático Pato Donald. Puxa vida!
Do outro lado da rua, um natural do País da BD Salomão e Mortadela - Miguel Ángel Angulo - começa mal a carreira de leão ao idoso peito.
Sabendo ele (?) a aversão que o irascível Coach Forever tem à falta de polivalência, iniciar o seu percurso em Alvalade fazendo manchetes com uma rotunda nega a uma posição específica cheira a harakiri precoce.
Adivinha-se vida difícil para o sucessor de Robaina e Toñito.
Mas na realidade o prato forte é mesmo a mais recente encarnação de Jesus como o modelo 101 da Cyberdyne Systems. De facto, não se trata de um tema que a Mad TV já não tenha abordado no passado, mas a Sarah Connor que se cuide. Sarah, pega numa gramática da língua portuguesa e protege-te. Ouvi dizer que funciona como uma espécie de kryptonite para o cyborg em questão.
"Listen and understand! That terminator is out there. It can't be bargained with! It can't be reasoned with! It doesn't feel pity, or remorse, or fear. And it absolutely will not stop, ever, until you are dead!"
Sarah, quem te mandou conjugar verbos de forma correcta? Utilizar preposições? Prefixos, sufixos, essas modernices. Sintagmas nominais são para maricas, e utilizar o plural é um preciosismo ridículo.
Sarah, és uma provocadora. Tu afrontas, desafias.
Agora? Agora foges.
Corre. Corre rápido, e corre bem. N'Tsunda-te.
Porque ele vem aí, vem de mota, está lixado e tem um olho vermelho.
Pior, está abespinhado e só quer sofrer 7 golos - sete - até final da época.
Dá graças a Deus, Sarah...ao Pai de Jesus, o original - aquele que não andava de mota e conjugava os verbos. Porque graças a ele, o Celta de Vigo não milita na primeira divisão Portuguesa.
E perguntam vocês, "porquê esta capa e não qualquer outra?".
Sim, é verdade. Tem sido um Verão especialmente frutífero em manchetes que calcorreiam destemidas em bicos de pés a ténue fronteira entre a insanidade e a comédia não intencional.
Mas o meu coração pende para a ambição carnavalesca de transformar futebolistas da lisboeta 2ª circular em personagens de cinema, sejam eles ciborgues do futuro, Robin Hoods em Collants, ou gajos que protegem anões de pés peludos com espada tamanho XL.
Ou isto. Para mim, tudo o que venha à rede é Emílio.
4 comentários:
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Saudações
Vejam essa capa ao som de You Could Be Mine dos Guns N Roses que ela atinge um nível muito mais superior que a comum observação permite!
you could be miiiiiiiiiiiiineeeeeeeeeee
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